quinta-feira, 6 de março de 2008

Voltando a reler os panfletos situacionistas, a teoria e prática da revolução, ou aquilo que realmente poucos ainda querem de fato, que " as idéias voltem a ser perigosas", me deparo uma vez mais com o dilema entre política e estética. Se no auge do situacionismo, Debord, Piero Simondo, Elena Verrone e cia fizeram a aliança entre o estético e o político, nos dias de hoje, com o espetáculo absoluto fica cada vez mais difícil se posicionar. Sim, trata-se de posições. É cada vez mais fácil ouvir, e confesso que as vezes participo do time: vejo o último estouro de hollywood da mesma forma que me encanto com o underground mais soterrado do submundo das artes. O que essa postura, de fato neosituacionista, gera é o velho conformismo, que bradavam os situacionistas. "A cultura? Mas essa é a mercadoria ideal que obriga a comprar todas as outras..." Como separar os cacos pós-modernos do espetáculo/controle contemporâneos? E por onde andam os filmes contra a arte, ao lado da arte?

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