Como já escancarado por aqui há um amor por aquivar. A noção de arquivo faz parte das mais variadas pesquisas que venho realizando. Não me recordo ao certo se em 85 ou 86 ganhei meu primeiro VHS. Era um modelo daqueles pesadões e me acompanhou durante parte da minha descoberta enquanto homem. Com aquele vídeo, e por que não dizer naquele vídeo, entrei em contato com o arquivo audiovisual responsável por parte de minhas reflexões, prazeres e angústias de outrora e da última hora. Ainda na mesma época a paixão pela música começava a surgir, também de forma arquivística. E também com a fita magnética dando o tom. Parte daqueles arquivos em k7 me levou aos livros. Aí a paixão arquivística caminhou. Sempre atenta aos excessos. Eram muitos livros na estante, muitas fitas na prateleira do Vídeoclube do Brasil em uma antiga casa que arquivou memórias e amigos que sumiram. Arquivar é filtrar. É permitir que o filtro seja também arquivo.
Os arquivos dispensavam muito método. Nem com meus próprios vídeos - que hoje em dia com os dvd's devem beirar os 2000 títulos - conseguia classificá-los. Eles me classificaram. Me classificavam e classificam até hoje. Sem perceber novamente me tomaram e pediram: Estude-nos. Pareciam dizer os arquivos. "O que sou eu do lado de cá", perguntavam as pinturas de Klee ... O que guardam em mim, o que guardam de mim? Perguntam os arquivos a memória.
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2 comentários:
Teu blog ta "arquivado" lá nos meus favoritos, camarada. Abração.
abraçao rapá, apareça
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