sexta-feira, 24 de abril de 2009

Em homenagem ao dia do livro

O livro mudou minha vida. Não um livro, mas o livro. Não fui tão precoce, lia um pouco quando novo, além das obrigatoriedades, gostava dos livros de aventura: Quixote, Gulliver, mas também os livros-jogos mas a engenharia química me levou pros livros de fato. Entre alguns calhamaços de Química orgânica, Leithold e outras bíblias, descobri Adorno, Schopenhauer e Mcluhan. Deste herdei a paixão pela materialidade dos meios. Então, porque não pensar que O livro em si foi mais importante que "O Estrangeiro" de Camus, que "O muro" de Sartre, para ficarmos no existencialismo, que a melancolia e a depressão dos russos, que o "Bartleby", de Melvile, que os policiais de Rubem Fonseca e Garcia-Roza, que a estante ainda abarrotada de títulos que não li e de outros que parei pelo meio. Que os livros que já escrevi, que ainda escrevo ou que não escrevi já se confundem com todos os Borges, Calvinos. Que como o escriba de Cortázar e o niilismo de Nietzsche ( "o que é um livro que não nos leva para além de todos os livros?") que como os e-books e audiobooks me fazem pensar que o que vale é O livro. Esse artigo definido...

(postado com alguns erros como comentário no blog do argônio)

Nenhum comentário: