Durante três anos seguidos descia nessa Estação sempre alegre... As roletas como bem disse o Sápia eram resquício e afirmação de uma situação servil, mas a mistura dos corpos fazia-me bem... Uma imagem acabou com o sorriso e deixou o amargo contemporâneo falar... O título, para explicar, é uma referência a obra do xará E. Wilson: "Rumo à estação Finlândia"
Tinha prometido a mim mesmo não tratar do fato por aqui, mas vendo os belos posts do Rafa na sua Lenda http://rafaelfortes.wordpress.com/ e do Leo no Argonio http://www.blogdoargonio.blogspot.com/, resolvi comentar o incomentável. Da "Chegada do trem a estação de Ciotat" dos irmãos Lumière (1895) a imagem do epísódio na estação de Madureira, uma questão imagética se faz presente no pavaroso e perverso ocorrido na cidade onde nossa alma canta e onde a velha mídia caduca aproveita para fazer imagens de imagens.
Oportunista, mas não idiota, a mídia aproveita a fotografia, a estética dos trilhos e dos choques sem analisar o quão corriqueiro é o destrato aos trabalhadores... A chibata esconde a velocidade e vice-versa. Essa discussão não pode se restringir a esse fato como fará assim a gorda imprensa. Como bem observa o Fortes: "Em outras palavras: salvo engano meu, a câmera estava lá para gravar imagens a respeito situação provocada pela greve. Atirou no que viu, acertou no que não viu."
Um comentário:
Realmente vivemos em uma terra de absurdos.
Obrigado pela citação...
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