quinta-feira, 7 de maio de 2009

Afinal [não] sou um filósofo

"Afinal, sou um filósofo? Mas o que isto importa? " ( NIETZSCHE. Carta a Brandes, 20 de novembro de 1988. In: Selected Letters. Translated by A.N. Ludovici. London: The Soho Company, 1985. p.358)
Essa sentença de Nietzsche é fundamental nos dias de hoje, onde mais uma vez a filosofia parece ser convidada a entrar em cena. Comecei a ler Nietzsche ainda jovem, lia-o de forma anárquica, como ainda acho que deva ser lido. Durante algum tempo procurei proclamar-me nietzschiano! Com o passar dos tempos vi, percebi que era melhor não fazê-lo. Sinto que Nietzsche é finalmente um contemporâneo. Os temas de sua filosofia-arte me fazem novamente crer que é necessário ser Nietzsche, ser como Nietzsche nesses tempos novos. Ingressamos um novo terreno de sensações, um terreno que faz confundir os toques não mais da máquina de escrever, mas no teclado, com nossas ações. Somos filósofos, mas do que isso importa. Uma nova máquina de sensações, nos leva de volta ao a(u)tor, aos dedos de Nietzsche... A beira do abismo, Zaratustra existe como nós. Existe em nós. Nietzsche ao afirmar a vida sempre vive. Na rede somos ave de rapina mesmo quando cordeiros. O eterno retorno reside em nós! Diferente é o mesmo ao contrário

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