sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Odeia a mídia? Seja a mídia


Vendo um vídeo dos Dead Kennedys e lembrando da famosa frase do Jello Biafra ( "Não odeie a mídia, seja a mídia") - esse aí na tela em meio ao público ( um dos significados que McLuhan brilhantemente também lembrou)- penso - não consigo parar de pensar - na necessidade que temos de pensar a todo o tempo o corpo, de botar o corpo pra pensar, de corpar o corpo, incorporar, encorporar nossa era de corporações... mas também de corpos-sensações que estão:

No Som - O punk, o funk, mas também o metal - ontem passei o dia ouvindo Slayer - o samba não do carnaval da Tv, mas do meio do bloco ou do meio da bateria.
NA Imagem - O cinema visceral de Cronenberg, Romero ( lembrei tanto ouvindo o Tom Araya berrar ontem), mas também da mídia psicologizada do Hideo Nakata; o vídeo de letícia Parente e Bill Viola, do genial Chris Cunningham... mas também a imagem da guerra, da dor para abrir nossos olhos e botar nosso corpo em luta no Camboja, no Haiti, no nosso Haiti!
Na Palavra, em qualquer palavra oral, escrita, desconstruída, grunhida!
Na Rede e seus filósofos de plantão, longe de Platão e de qualquer idealismo...

2 comentários:

Márcia Bessa disse...

Ouvi no sábado passado que se queremos abrir espaço para a criatividade, para o novo, devemos esvaziar nossas mentes. Só assim podemos eliminar o fluxo de mesmices e movimentar a energia criadora... Mas como esvaziar a cabeça?! Acho que é uma missão para a vida inteira!

Linhas de fuga disse...

Como esvaziar? Como se a memória é um penhor do futuro?