Continuo seguindo o lema "Vá ao teatro... mas não me chame!" de algumas camisas que cicularam outrora pela cidade, mas como tenho alguns amigos - e eles insistem em me chamar - as vezes me deparo com boas questões (tecnológicas) dentro das peças. Mesmo sem perceber, o teatro é uma tecnologia... Em "É a mãe", de Ana Velloso e Vera Novello (produzida pela minha amiga e vocalista do Mappa mundi, Cacau Gondomar) o telefone, aquele "entrão irresistível" como bem classificou McLuhan é ferramenta de destaque. Como observou certa vez Paul Klee "agora os objetos me percebem"... Na divertida comédia sobre as mães (Maria, a matriarca judia, nordestina, do mundo real da violência carioca, do mundo violento do faz-de-conta de fadas e meninas com suas avós) qualquer objeto se traveste de telefone... e nos percebe. E em qualquer lugar o trrriiimmm (" o que é esse trrrriiimmmm?" também se perguntava o tio McLuhan) se dá, se processa. Um dos momentos altos da peça é uma conversa pelo telefone com um vídeo pré-gravado. Em tempos onde o celular é mais do que um objeto estendido de nosso aparelho fonador, mas elemento ativo de novas sensorialidades e subjetividades,"É a mãe" vale a pena. Vá ao teatro e chame, tecle, grave com seus celulares!
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2 comentários:
O telefone é definitivamente extensão do homem...rs
Fui perceber isso ontem, quando o meu celular resolveu dar um mergulho dentro da piscina.
Hj fiquei sem ele e parecia que estava sem roupa.
Eu hein!
Mas, ele não me deixou na mão e voltou a funcionar.
Qualquer dia vai ter vida própria...Natação ele já faz...rs
E$u já entrei com o meu na água e no dia seguinte ele tava sequinho!
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